quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O preconceito nosso de TODOS os dias...


Engraçado como algumas pessoas batem no peito pra dizer que são desprovidas de preconceitos, sempre que alguém me diz isso eu fico me perguntando em que mundo essa pessoa vive, porque simplesmente não pode ser no mesmo que eu.
O problema, em minha opinião, é a pré associação da palavra preconceito com algo negativo e estereotipado, o que acaba gerando um pré-conceito com a própria palavra, se você diz que é preconceituoso, logo aparece um grupo de pseudos intelectuais a lhe julgar, colocando-o em uma cruz, pronto pra ser crucificado, quando na verdade se está demonstrando uma opinião, afinal, apesar de tudo vivemos em um país livre.
O preconceito nasceu, e cresceu com a humanidade, mais que isso ele foi um dos fatores que levaram ao seu crescimento, um exemplo simples, em Esparta, Antiga Grécia, os bebes ao nascer eram analisados friamente, e caso houvesse qualquer indicio de falhas em sua constituição, que hoje são conhecidas como doenças, ele era descartado antes mesmo de ter uma oportunidade de crescer, muitos podem pensar, nossa que coisa mais deplorável, e eu lhe pergunto, será mesmo? Esparta era uma cidade completamente voltada para a guerra, onde simplesmente todos os seus habitantes eram treinados severamente para isso, e dentro dessas condições um cidadão “defeituoso” simplesmente não era válido para os propósitos do todo, no caso da cidade, logo eram descartados, hoje isso parece deplorável, mas na época era uma questão de sobrevivência, afinal se não tivessem os melhores soldados, como derrotariam seus inimigos?
Felizmente nós evoluímos e passamos dessa fase de vivermos pra guerra, apesar de em minha opinião ainda vivermos em uma guerra constante, mas isso é assunto pra outro post, mas o preconceito não é algo exclusivo, pelo contrário é extremamente mutável, por exemplo, quando se ver um menino maltrapilho, com aparência de drogado, qual sua primeira reação? Atravessar a calçada, ou tentar entrar em algum lugar pra esperar que ele passe, e depois seguir o nosso caminho, isso é preconceito sim, mas é um preconceito movido pelo nosso sentido de auto preservação, porque nos foi passado, através da televisão, rádio, parentes, amigos etc, que todo lugar é perigoso, e que pessoas com esse perfil tendem a ser criminosos, significa que todo maltrapilho é ladrão? Ou que todo drogado é ladrão? Obvio que não, mas você também não vai parar pra perguntar ao individuo se ele é ou não criminoso, logo é uma questão de sobrevivência ser preconceituoso.
Observe que em ambos os exemplos que citei o motivo pelo preconceito foi exatamente o mesmo, ainda que existam séculos de diferença entre os casos, é claro que existem preconceitos de diferentes formas e realidades, outro exemplo é o preconceito contra os negros, que já foi tão amplamente discutido algumas décadas atrás, dito como incoerente e desumano, agora pensemos em alguns séculos antes, o homem europeu chega à África e encontra toda uma população de pessoas forte e determinadas, com uma cultura própria, e dispostas a lutar por isso, qual a solução? Escravizar e descriminar essas pessoas, para que acuadas, se tornem domináveis e submissas aos seus caprichos, e com isso não apresentasse maiores “perigos” para a cultura e crescimento Europeu. Não estou querendo dizer que a atitude dos colonizadores foi certa, mas ela foi necessária, pelo menos para a cultura européia.
O que quero mostrar é que o preconceito é só uma questão de perspectiva, e principalmente de necessidade, é através dele que se mostra as necessidades e temores de uma sociedade, logo se torna uma parte importante dos aspectos culturais que envolvem uma determinada época, mas como disse antes é algo mutável, logo reversível, mas assim como todos os outros aspectos culturais de uma sociedade, ele depende da mesma para mudar, essa mudança não é algo imediato, e uniforme, veja só o exemplo dos negros, até hoje ainda existem lugares onde o preconceito contra os negros se faz presente, mas ele está sendo instinto, isso se deu muito pela luta deles para que isso acontecesse, afinal para os “brancos” a situação era extremamente favorável, logo para que um determinado preconceito seja instinto é necessária a luta dos desfavorecidos pelo mesmo, luta essa que consiste na mudança de mentalidade daqueles que o cercam, e isso, como já dito, não acontece da noite pro dia, não é uma ação, é o conjunto delas.
O preconceito existe, e se faz necessário para o nosso crescimento, só cabe a você julgar quais conceitos lhe são aplicáveis, e quais aqueles que devem ser revistos, e impostos ao seu meio, talvez você não mude o mundo, mas a cada pessoa que você conseguir mostrá-lo já será uma a mais para a sua luta.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Das coisas mais simples...


Quantas vezes você não precisou conversar com amigos e se utilizou de meios cibernéticos para fazê-lo? Eu particularmente já perdi as contas de quantas vezes já fiz isso, é mais praticamente, e certamente mais econômico que ir até a casa da pessoa, mas às vezes eu me pego me perguntando até que ponto isso é tão vantajoso assim, é obvio que a internet é um elemento diminuidor de distancias, mas ao mesmo passo que ela diminui será que ela não aumenta distancias?
Quando se está na internet, a China pode estar a um clique de distancia, mas ao mesmo tempo em que ela diminui distancias geográficas, pode aumentar, até mesmo tornar intransponíveis, as distancias sentimentais... Como assim? Um exemplo simples e corriqueiro: Passamos o dia trabalhando, ou estudando, chegamos em casa cansados, esgotados física e sentimentalmente, ansiando por um pouco de paz e tranqüilidade, querendo jogar um pouco de conversa fora, quem sabe tomar uma cerveja e depois ir dormir relaxado e feliz... E o que você faz para atingir seus objetivos? Liga pra o namorado (a), ou um amigo, ou, o que é mais provável, entra na internet e conversa com o namorado (a), ou amigo, depois disso vai dormir descansado e talvez a até mesmo feliz... Alguns anos atrás, você chegaria do trabalho e talvez fosse para casa do vizinho conversar, tomar uma cerveja, dançar, e depois disso ir dormir.
Outro exemplo simples: É quando algum professor da faculdade passa um trabalho em grupo, e a primeira coisa que se pensa é dividir os tópicos do trabalho entre os membros do grupo, cada um fazer a sua parte e enviar por e-mail para os outros, o que é obviamente bem mais simples e prático, isso sem contar que economiza toda uma tarde que seria perdida pra fazer o trabalho na casa de alguém, no entanto ao mesmo tempo em que se “economiza” uma tarde, se perde toda uma tarde de lembranças de emoções e experiências únicas.
O que estou querendo dizer com esse texto não é que paremos de usar a internet e voltemos à era da pedra, até porque isso seria uma super hipocrisia vindo de alguém, como eu, que passa boa parte do dia em frente a um computador, apenas gostaria de relembrar o valor das coisas simples, que sem duvidas em muito momentos são muito mais prazerosas.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Um pouco de tudo



Hoje estava pensando, e antes que alguém faça aquela velha piadinha de nossa você pensa? Sim, eu penso, é uma coisa meio rara sabem, meus neurônios tiram férias sem aviso prévio e data para retorno, mas o que interessa no texto de hoje é que eu pensei, e bastante, sobre a historia da música, mais uma vez eu sei o que vocês tão pensando, nossa Rach dessa vez você se superou, que coisa mais idiota sobre a qual escrever... Você acha mesmo? Bom eu tenho certeza como acham, afinal se não achassem estariam lendo um blog musical, e não o meu... Mas, enfim, voltando ao que interessa, eu estava pensando sobre a historia da musica e na forma como ela veio parar aqui, mas aqui onde meu deus do céu? Aqui ué, aqui nessa bosta que a gente ver tocar nas rádios de hoje em dia.

De Aviões do forró a Cine, sinceramente? Para mim é tudo o mesmo lixo, músicas fruto de uma sociedade decadente e sem cultura... Nossa também não é assim né? É assim sim, os retardados que tocam nessas bandinhas de pseudo rock não são os culpados disso, apesar disso não retirar a parcela de idiotice deles, ou de seus fãs mais retardados ainda, sabe o porquê disso? A música, assim como a literatura, a forma das pessoas se vestir, o que comem etc são o reflexo da sociedade e suas crenças... E sinceramente, se você não sente vergonha de ter sua cultura representada por isso (Aviões do forró, Cine, Restart etc) eu tenho pena de você, porque já é um caso típico de pessoa consumida pela ignorância a qual somos submetidos a cada dia.
Vamos voltar alguns anos atrás, um pequeno passeio pela historia do Brasil, estoura a ditadura militar, e o que acontece? A sociedade se revolta, não toda ela, claro, mas grande parte dela... Os jovens vão às ruas... Morrem... São torturados... Tudo pelo que? Por um ideal, tudo por acreditar em um futuro melhor, e eles lutaram, muitos com suas próprias vidas, para que suas vidas no futuro, assim como a de seus filhos fosse melhor, fosse LIVRE... E em 1985, finalmente, a ditadura militar tem seu fim, todos os jovens rebeldes, aqueles que ainda estavam vivos, relaxaram, confiaram que seu trabalho estava feito, e acreditaram que o futuro seria melhor... Dez anos depois, nada mudou, e as coisas só fazem piorar, os governantes cada vez piores, que só fazem roubar, e com isso aqueles jovens guerreiros, cheios de esperança, se vêem desiludidos, sem esperança, sem chão, sem nada no que acreditar.
Esses jovens que agora são pais, professores, médicos, advogados, artistas, ou seja, os construtores das verdades dos novos jovens, e toda a frustração, a descrença, a vergonha, foi passada pra essa geração de jovens, jovens desiludidos e sem fé, completamente manipuláveis. Agora vamos juntar esse jovens, que nada querem saber sobre política, economia, ou qualquer outra coisa ligada ao governo, aos próprios governantes, estes que já começavam a se ver sem solução, já que a ditadura não conseguiu atingir seu objetivo de manipular a população, e é nesse momento que surge uma luz, a solução de todos os seus problemas: Manipular os jovens, para isso eles armaram todo um esquema minuciosamente preparado para desviar toda a atenção da população do governo, e o que quer que ele esteja fazendo, como?

Simples, primeiramente eles pararam de investir na educação, claro, afinal de contas quem tem conhecimento tem poder, e poder é algo perigoso, eles tiveram a exata noção disso quando tiveram a ditadura posta abaixo por jovens estudantes, músicos, poetas e escritores, ou seja a base cultural de uma sociedade, o reflexo de seus desejos, segundo passaram a dar muito mais valor a jogadores de futebol, pagodeiros, artistas de TV, e qualquer outra classe que não precise ter um mínimo de conhecimento para exercer sua função, e ainda ser uma figura conhecida e respeitada por todos, e claro não esquecemos o principal, abrir as portas para todo o consumismo americano invadir o país como uma febre de moda e tecnologia que simplesmente obriga as pessoas a comprarem tudo que vêem pela frente, ainda que não precisem.

Agora voltemos a pensar em como chegamos onde estamos, simples, aqueles jovens, antes desestimulados, e facilmente manipuláveis, agora se tornaram seres consumistas, que só pensam em como conseguir dinheiro para comprar uma roupa de marca, ou um computador top de linha, ou o novo vídeo game do mercado, pessoas egoístas e tão distraídas em seu mundinho de necessidades limitadas que simplesmente não se dão conta do que acontece ao seu redor, exatamente o tipo de pessoa que os governantes desejam pra manter o país nessa merda que está e ainda fazer a economia crescer... Mas perae Rach, o que isso tem haver com as bandinhas de hoje em dia? TEM ABSOLUTAMENTE TUDO HAVER... Porque como disse no inicio do texto, a música é reflexo do comportamento da sociedade, e que tipo de música você podia esperar de uma sociedade consumista e egoísta?
O hoje pode estar perdido, e confuso, mas o amanhã é construído a cada segundo que passa, e depende de nós, jovens, fazê-lo valer à pena... E é nessa hora que eu lhe pergunto, você tem algum objetivo pelo o qual valeria a pena morrer? 







sábado, 28 de agosto de 2010

Memórias, não são só memórias...





“Memórias, não são só memórias
São fantasmas que me sopram aos ouvidos
Coisas que eu...
Memórias, não são só memórias
São fantasmas que me sopram aos ouvidos
Coisas que eu nem quero saber

                                     Pitty- Memórias


 Hoje não to aqui pra falar de algo que gosto, ou engraçado, estou aqui pra desabafar... Uma coisa particular e pessoal. Alguma vez você já teve uma lembrança tão forte, ou tão intensa, que chega a doer só de pensar? Eu já... E como dói, quando se perde alguém amado a dor é quase insuportável, mas você ainda tem as lembranças, e quando elas doem mais do que a própria dor da perda? Ou ainda pior, não se tem lembranças? Às vezes a dor toma conta, e parece ter a capacidade de arrancar de mim todo e qualquer vestígio de felicidade, uma única lembrança, um único “fantasma” que faz com que todas as lembranças felizes sumam, me desarma, me deixa no chão... Às vezes eu associo essa lembrança, aos dementadores de Harry Potter, que são capazes de sugar toda a felicidade ao seu redor, nos livros Harry se concentra em uma lembrança feliz e pronto, mas e quando a dor é tão forte que essa tal lembrança feliz simplesmente se torna inexistente?
Eu não to aqui pra escrever um texto de auto-ajuda também, até porque se tivesse respostas pra essas perguntas, eu não estaria aqui escrevendo por ta mal... Mas de certa forma eu posso dizer que achei uma solução, já que eu estou aqui escrevendo justamente pra me sentir melhor, por outro lado eu não to enfrentando o problema, como muitos de vocês diriam pra fazê-lo, e até eu mesmo gostaria de fazer, mas a dor é grande demais... É a dor de anos, mas ao mesmo tempo de um único dia, uma única coisa que nunca foi superada, e pelo visto assim vai continuar por um bom tempo.


sexta-feira, 23 de julho de 2010

LUTO




Para tudo tem uma primeira vez, certo? Quero dizer ninguém nasce sabendo de tudo, ainda bem, penso eu, porque se não existissem as primeiras vezes não teríamos que passar pela ansiedade e até mesmo a vergonha de nunca termos feito algo, mas também não teríamos a felicidade o êxtase de realizá-la, em nosso tempo, no momento certo, aquilo que será para sempre lembrado, seja algo bom ou ruim... Hoje eu vim postar sobre uma primeira vez, que pra mim pelo menos, foi não só marcante, como decisiva, não seus tarados não foi à primeira vez que fiz sexo, pls... Agora falando sério, falarei hoje do primeiro livro que li por vontade própria, diferente daqueles livrinhos que somos obrigados a ler na escola eu comecei a ler Harry Potter porque eu quis, a historia me prendeu a atenção, e sim isso foi especial e decisivo pra mim, porque pela primeira vez pude apreciar o gosto da leitura, a delicia de se viajar por outros mundos, ainda que esteja parada em casa... Nesse mesmo livro, o primeiro, que eu recebi de presente da minha irmã, ela escreveu que através da leitura se conhece lugares inimagináveis, eu não levei a sério, na época, mas hoje eu vejo o quão verdadeira foram suas palavras... E desde momento em que comecei a ler nunca mais quis ou sequer conseguiria parar, através desse livro simples, e por muitos considerado infantil, eu descobri minha verdadeira paixão: leitura e escrita.


Mas voltando a Harry Potter, depois o primeiro livro, veio o segundo, e depois deste o terceiro e todos os outros que se seguiram a eles até chegar o sétimo, durante esse tempo eu sorri, viajei, chorei, me emocionei, me apaixonei, me encantei, fiz amigos, perdi horas discutindo possíveis finais, perdi o sono tentando desvendar os tantos mistérios presentes na historia... Vi no decorrer dos livros o menino, se tornar adolescente e depois homem, e assim como ele, eu mesma fui crescendo, na medida em que Harry tinha suas experiências, eu mesma tinha as minhas, muitas vezes tão parecidas, outras tão distantes, mas sempre ali, durante esses nove anos me acostumei a ter tantas das minhas emoções descritas no mundo mágico de Harry Potter... A série é longa e juntando isso ao intervalo de tempo que levava para os livros serem lançados, nunca consegui imaginar o dia em que a série acabaria... Mas o fim chegou, o sétimo livro foi lançado e com ele a saga do menino que sobreviveu terminou, e isso doeu, lendo o sétimo livro eu chorei, sorri e me emocionei, pela ultima vez com o ineditismo das historias do bruxinho... Mas perae ainda tinham os filmes...



Lembro quando o primeiro filme foi lançado, a ansiedade, a curiosidade pra saber quem seriam os atores, como seria o castelo de Hogwarts, como ficaria cada pequeno detalhe, antes presente apenas na imaginação, agora ali na minha frente, parecendo tão real... Todos os dias eu ia até a banca de revistas pra ver se tinha chegado a Veja do mês, que sempre tinha uma edição especial inteiramente dedicada à série... Mas perae a revista? Sim a revista porque nessa época a maioria das pessoas nem tinha internet, e as que tinham, em geral, era aquela internet discada, lembram? Aquela que se levava horas para conectar, e ainda mais para carregar a página? Pois é, nessa época tinha que se esperar para saber como as coisas seriam... Mas como tudo mais Harry Potter cresceu e a internet se tornou o que é hoje, e já não se tinha mais edições especiais na Veja e sim sites inteiros dedicados a saga, todos os fãs vibraram com isso, e na mesma medida que esses sites revelavam, e até hoje revelam, cada vez mais coisas sobre o bruxinho, também trás cada vez mais duvidas e questionamentos sobre esse universo, tão vasto, criado por J.K. Rowling... E hoje, depois de tanto tempo, me dei conta que como tudo mais a saga tem um fim, e esse fim que praticamente não foi notado quando terminei de ler o sétimo livro, já que ainda existiam tantos mistérios, tantas coisas que ainda gostaria de saber sobre o bruxinho, e ainda tinham os filmes para serem lançados, que não me dei conta que o fim se aproximava... Harry cresceu comigo, e por tantas vezes suas emoções foram as minhas, e eu senti as suas, que simplesmente é difícil imaginar a vida sem isso, sem toda a ansiedade pré-estréia, sem todos os xingamentos direcionados ao diretor que não conseguiu captar tudo que gostaria que estivesse na telona... E daqui a alguns meses, será lançado o sétimo filme, que será dividido em duas partes, a segunda parte será lançada alguns meses depois... E depois disso acabará toda a angustia a ansiedade, a espera por algo referente a Harry Potter... Pensar nisso deixa qualquer um que tenha acompanhado a saga triste, mas no meu caso é mais que isso, é como se tivessem arrancando uma parte de mim, como se tivessem acabando com parte dos meus sentimentos, e ainda que o filme ainda não tenha sido lançado eu já sinto um vazio imenso, onde antes apenas existia a felicidade, a tranqüilidade daquele velho amigo, que sempre está ali, em todas as alegrias e tristezas, faça chuva ou faça sol, aquele que segura sua mão nas noites chuvosas e de trovoadas... E é por tudo isso que gostaria de deixar aqui registrado o meu LUTO pelo fim da saga Harry Potter... Pelo fim de uma fase da minha vida... Pelo fim de uma parte de mim, que sempre se fará presente, agora de forma mais sutil... Pelo fim de todas as horas de discussões sem fim sobre o destino da saga... Pelo fim de todas as emoções e sentimentos que dividi com ela... Enfim... Pelo fim de uma primeira vez, que foi não apenas especial, como decisiva e única. Vale a pena ver


quinta-feira, 22 de abril de 2010

Buckcherry

Bom hoje gostaria de compartilhar com vocês essa banda maravilhosa que conheci recentemente, eu conheci ela através da música Too Drunk, e já de cara A-M-E-I, achei a música super divertida e bem humorada. Decidi baixar o CD e a minha grande surpresa veio ao escutar Don't go away , quando percebi que a banda, além de ser bem humorada, minha primeira opinião, ainda tinha músicas belíssimas   capaz de tocar profundamente quem as escuta. Surpresa maior ainda tive hoje, quando fui pesquisar mais sobre a banda, pra postar aqui, e descobri que eles também são envolvido em um trabalho que ajuda crianças vítimas de abusos sexuais, inclusive bem retratados na música Rescue Me. Link para assistir o vídeo da campanha.
Bom a unica coisa que posso dizer é que essa banda é uma combinação de tudo que podia esperar de uma banda de rock, e aconselho de verdade a todos.




Buckcherry, é uma banda de hard rock, formada em 1995, e teve dois CD's lançados, um intitulado Estreia, e outro Time Bomb. Em 2002 a banda se separou e os  ex-vocalista e ex-guitarrista Keith Nelson, decidiram formar uma nova banda, que levou o mesmo nome e teve sua re-estreia com o álbum 15, que estorou com o rit Sorry
Em 2008 lançaram o segundo álbum que se chama "Black Butterfly" e em 2009 lançaram seu primeiro álbum ao-vivo o Live & Load


Fontes de pesquisa: Wikipédia, Last.Fm, site oficial da banda 

sexta-feira, 12 de março de 2010

O preconceito nosso de cada dia...

Se lhe perguntar se tens preconceito, provavelmente me dirás que não, poucos serão aqueles que admitirão que sim, tem preconceito. Agora se eu reformular minha pergunta e te questionar sobre sua reação ao ver um menino de rua vindo em sua direção, você,provavelmente, me dirá que irá recuar ou mudar de calçada. Me dá a louca e mais uma vez decido reformular minha pergunta , sendo que dessa vez te questiono sobre tua atitude caso um amigo ou parente próximo lhe diga que é gay, você certamente me dirá que conversaria com ele, para que ele revisse sua opinião e visse se era realmente aquilo que queria pra si. Essas reações, na maioria das vezes, são involuntarias e até mesmo inconscientes e, em alguns casos, até mesmo necessárias.
Por exemplo quando tu me dizes que muda de calçada ao avistar um menino de rua tu estais usando teu instinto, pois sabes que aquele menino pode ser apenas um menino qualquer e vir pedir um dinheiro ou até mesmo um pouco de afeto, mas ele também pode ser aquele que te assaltará ou até mesmo causará tua morte. E esse medo já virou uma verdadeira paranóia geral, recentemente eu estava saindo de um estacionamento quando um menino se aproximou e me pediu uma "esmolinha" eu lhe disse que não tinha e lhe dei uma bala e assanhei seu cabelo como uma forma de carinho, alguns segundos depois um outro menino se aproximou e pediu:" Tia me dá também", pensando que estava se referindo a bala respondi que não tinha mais, de uma forma até grossa, e ele falou: " Não tia só queria um carinho", juro como meus olhos se encheram de lagrimas e me senti super mal pela minha reação grossa com ele.
Fazendo uma pequena pausa na primeira pergunta e falando da segunda... Por que mesmo que você não tenha preconceitos contra homossexuais, ou até mesmo seja um, quando alguém próximo te diz que é gay, você conversa e tenta o fazer repensar? Simples, você o ama e não quer que ele sofra, e ninguém aqui vive num mundo de fantasias onde não existe preconceitos, e é natural que você queira poupar a pessoa que ama do jugamento implacável da sociedade.
Agora você deve tá se perguntando: sim mais o que uma coisa tem haver com a outra? Elas tem tudo haver porque explicam o preconceito em sua forma mais cruel, e sincera. Esse exemplos mostram que o preconceito é algo institivo e implicíto a nossa existência e que para se acabar com um preconceito não basta uma atitude e sim um conjunto delas, acabar com o preconceito é acabar com todo um pensamento intuitivo e intrínseco aquela comunidade de pessoas.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Aventuras na praia


Hoje vou pedir licença pra vocês, pra contar uma experiência pessoal pela qual passei esses dias... Lá estava eu né linda e maravilhosa relaxando na praia feliz da vida admirando o lindo céu estrelado da praia de Maragogi (praia do litoral alagoano muito bonita), até que tenho a infeliz noticia de que teria que ir pra Hellcife no dia seguinte. Tudo bem né? Fazer o que? Lá vai eu falar com minha querida amiga e vizinha, a conversa:



- Amiiiigggggaaaa... Oia amanhã vou ter que ir pra Hellcife enton nem vai dá pra sair contigo
- Tu vai com quem pra Recife?
- De ônibus... Ou tu acha mesmo que um dos meninos (leia-se meus primos) vai querer me levar?
(amiga tendo crise de risos)
- Que é que tu ta rindo cacete?
- Não tem ônibus de Maragogi pra Recife lesa, só tem aquelas vans ou combes.
Rachzinha entrando em desespero, COMO ASSIM NÃO TEM ONIBUS?
Rachzinha mais desesperada ainda, se imaginando naquelas vans que tem espaço pra 20 pessoas e eles colocam 50, e que você senta do lado de um cara sem camisa todo suado e pegajoso de um lado e do outro uma mulher com uma catinga de sovaco insuportável... SOCORRO... ALGUÉM ME AJUDE... EU SOU MUITO NOVA PRA MORRER.
Minha querida amiga e vizinha sugere uma solução...
- Amiga tem um cara que vai todo dia pra Recife num taxi, uma vez meu irmão foi com ele e é 25 reais, melhor que ir de van...
- Eu agradecendo os céus por esse homem existir e me salvar da morte-
- Tu tem o numero dele?
- Não, mas meu irmão tem vamo lá pegar com ele.
- Procurando irmão da amiga e vizinha –
Descobre- se que o ser está pescando, lá vai eu e minha amiga e vizinha pra o mar procurá-lo descobrimos que o condenado ta em um barco lá longe.
- Eu quase chorando pensando na van cheia de gente suada e fedida –
Minha amiga decidi ligar pra o amigo do irmão que indicou o taxista pra o irmão dela... Ele dá o numero a gente. Ligamos pro cara e marcamos dele me pegar no dia seguinte AS CINCO E MEIA DA MANHÃ... OMG QUE TIPO DE PESSOA ALTAMENTE MASOQUISTA ACORDA ESSA HORA? E AINDA OBRIGA OUTRAS PESSOAS A ACORDAR?
Mas me lembrei da van cheia de gente fedida e me senti super feliz com o horário.
- Eu feliz da vida voltando pra casa-
- Amiga vou te ajudar a fazer uma coisa que tu não fez hoje
- Minha querida amiga e vizinha- leia-se mocréia desalmada- tenta me empurrar na direção de um cano que estava escorrendo água da chuva.
- Eu em uma tentativa de me desviar da água suja e gelada caiu num buraco: torço o tornozelo, arranho o joelho e as mãos (muito sangue saindo tipo eu achei que ia ter que amputar a mão... rsrsrs)
Depois dessa vou eu pra minha casa toda molhada, machucada e fudida colocar um gelinho no tornozelo pra vê se diminui a dor, tomar um banho pra tirar os 2 litros de sangue que tava na minha roupa e tal e finalmente tentar dormir já que eu teria que acordar as CINCO E MEIA DA MANHÃ.
No outro dia acordo as quatro da madruga – xingando até a ultima geração do filho da mãe que me fez acordar cedo nas férias na praia – depois de banho tomado, cabelo escovado, roupa colocada, vou esperar pelo individuo e eu espero e espero e continuo esperando...
06h00min
Ainda esperando
06h20min
Esperando...
06h30min
PUTA QUE PARIU ESSE FILHO DA MÃE NÃO VEM
- Desesperada quase tendo um ataque cardíaco em pensar no futuro eminente da van cheia de gente suada e fedida... SOCORRO...
07h00min
O cara finalmente chega e se desculpa pelo atraso...
- Filha da mãe me faz acordar de madrugada pra nada, mas tudo bem pelo menos eu não ia precisar pegar a van cheia de gente suada e fedida-
Lá vamos nós pra Hellcife né...
Chagando em Hellcife o condenado me deixa num bairro onde Judas perdeu as botas e que nunca tinha ido na vida (leia-se bairro onde uma de minhas melhores amiga mora... rsrsrs... é dessa vez que ela me mata). Eu pessoa esperta que sou, ligo pra ela:
- Amiga... Eu tava pensando aqui acho que eu nunca te fiz uma visita, então decidi te visitar hoje, me diz como chego na tua casa?
- Amiga explicando exatamente como chego na casa dela-
Por sorte nem estava tão distante, chego eu na casa da minha amiga feliz da vida passo um tempinho com ela e peço pra ela me explicar como voltar pra casa... Depois de dois ônibus e um taxi FINALMENTE CASA... A minha casa linda, cheirosa com ar-condicionado... Eu te amo ar-condicionado.
É isso ai...

***FIM***